Sociologia e Filosofia 3ª série E (noturno)

Sociologia e Filosofia   série E (noturno)

Atividade para entregar até o dia 26 de Maio de 2020

Professora  Brisa Socio

Obs: As respostas, favor  entregar por escrito individualmente, podendo ser manuscritas ou digitadas. Deve ser enviada por e-mail (brisasocio@gmail.com) ou no WatsApp (17 981913449) no privado (pv).

 

 

SOCIOLOGIA:

https://www.youtube.com/watch?v=gf7q_dm5z2g Significado das palavras cidadão e cidadania

https://www.youtube.com/watch?v=dC2etHNT1TI sobre o Estatudo da Criança e do Adolescente

https://www.youtube.com/watch?v=RQsRQizf5ug sobre a lei Maria da Penha

https://www.youtube.com/watch?v=HcXB8CzbHv0  Constituição cidadã de 1988

                                                                                                              

Questões:

1.Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país, por parte dos seus respectivos cidadãos (indivíduos que compõem determinada nação).  Para que a cidadania ocorra é necessário que haja os poderes que compõem o Estado. Considerando que o 4º poder é a mídia, quais são os três poderes do Estado? Explique cada um deles.

2. Comente o seguinte artigo do ECA, explicando o que você compreendeu:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico (137 documentos)

- encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico

- advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Ver tópico

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

 

3. A lei Maria da Penha não contempla apenas os casos de agressão física. Também estão previstas as situações de violência psicológica como afastamento dos amigos e familiares, ofensas, destruição de objetos e documentos, difamação e calúnia.

Novidades Trazidas com a Lei Maria da Penha:

·         Prisão do suspeito de agressão;

·         a violência doméstica passar a ser um agravante para aumentar a pena;

·         não é possível mais substituir a pena por doação de cesta básica ou multas;

·         ordem de afastamento do agressor à vítima e seus parentes;

·         assistência econômica no caso da vítima ser dependente do agressor.

História

Maria da Penha é uma farmacêutica brasileira, natural do Ceará, que sofreu constantes agressões por parte do marido.

Em 1983, seu esposo tentou matá-la com um tiro de espingarda. Apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica. Quando, finalmente, voltou à casa, sofreu nova tentativa de assassinato, pois o marido tentou eletrocutá-la.

Quando criou coragem para denunciar seu agressor, Maria da Penha se deparou com uma situação que muitas mulheres enfrentavam neste caso: incredulidade por parte da Justiça brasileira.

Por sua parte, a defesa do agressor sempre alegava irregularidades no processo e o suspeito aguardava o julgamento em liberdade.

Em 1994, Maria da Penha lança o livro “Sobrevivi...posso contar” onde narra as violências sofridas por ela e pelas três filhas.

Da mesma forma, resolve acionar o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM).

Estes organismos encaminham seu caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998. https://www.todamateria.com.br/lei-maria-da-penha/

Com base no texto acima responda com suas palavras quem é Maria da Penha, do que trata a Lei que leva o seu nome e quais são as novidades trazidas por essa Lei

4) Leia o artigo 6º  e a seguir responda: quais direitos estão elencados neste artigo? Por  Que?

 

FILOSOFIA:

https://www.youtube.com/watch?v=OUQebSHDUxg   Superação do preconceito em ralação à Filosofia

https://www.youtube.com/watch?v=-8kdsvFB5y8&t=495s O homem como ser de natureza e de linguagem

 

Questões:

Leia os textosd abaixo e responda as questões que o seguem:

 

Tales de Mileto - o distraído

O preconceito e a hostilidade em relação à Filosofia não é algo novo, recente, mas, ao contrário, remontam às origens da Filosofia na Grécia Antiga. Talvez o registro mais antigo desse preconceito seja aquele de que foi vítima Tales de Mileto, que viveu no século VII a.C. e que é considerado o primeiro filósofo da história. A respeito dele contava-se a seguinte anedota, bastante difundida na Grécia Antiga v e recuperada por Platão em sua obra Teeteto. Tales era tão interessado no estudo dos astros que costumava caminhar olhando para o céu. Certo dia, absorto em seus pensamentos e raciocínios, acabou tropeçando e caindo em um poço, sendo motivo de riso e caçoada para uma escrava que ali se encontrava. Espalhou-se, então, o boato de que Tales se preocupava mais com as coisas do céu, esquecendo-se das que estavam debaixo de seus pés. “Essa pilhéria”, adverte Platão, “se aplica a todos os que vivem para a Filosofia”. 

    Essa imagem de um homem distraído e trapalhão, porém, não parece condizer com a verdade sobre Tales, que, ao que tudo indica, era uma pessoa bem esperta, viva e inteligente. É o que se conclui, por exemplo, de uma outra anedota contada sobre ele e registrada por Aristóteles em sua obra A política e atribuída a Tales por causa de sua sabedoria:

             “Como o censuravam pela pobreza e zombavam de sua inútil filosofia, o conhecimento dos astros permitiu-lhe prever que haveria abundância de olivas. Tendo juntado todo o dinheiro que podia, ele alugou, antes do fim do inverno, todas as prensas de óleo de Mileto e de Quios. Conseguiu-as a bom preço, porque ninguém oferecera melhor e ele dera algum adiantamento. Feita a colheita, muitas pessoas apareceram ao mesmo tempo para conseguir as prensas e ele as alugou pelo preço que quis. Tendo ganhado muito dinheiro, mostrou a seus amigos que para os filósofos era muito fácil enriquecer, mas que eles não se importavam com isso. Foi assim que mostrou sua sabedoria.”  

            Na verdade, Tales deve ter gozado de grande prestígio em sua época. Tanto que passou para a posteridade como um dos sete sábios da Grécia: na política, empenhou-se em organizar as cidades gregas da Jônia para enfrentar a ameaça dos persas; como engenheiro, quis desviar o curso de alguns rios para fins de navegação e irrigação; como pesquisador, investigou as causas das inundações do rio Nilo, rompendo com as explicações míticas que se davam para elas; como astrônomo, previu um eclipse solar e descobriu a constelação denominada Ursa Menor; como matemático e geômetra, teria descoberto um método para medir a altura de uma pirâmide do Egito, do qual teria derivado o famoso “teorema de Tales”. 

              Além disso, não podemos esquecer que Tales foi, segundo Aristóteles, o primeiro a dar uma resposta racional, isto é, usando de demonstração lógica e sem recorrer aos mitos, para a pergunta que mais incomodava os primeiros filósofos (os chamados pré-socráticos ou filósofos físicos): qual era o elemento primordial que dava origem a todas as coisas? Para Tales esse elemento era a água, por ela estar presente nos alimentos necessários à vida, pelo fato de as coisas vivas serem úmidas, enquanto as mortas ressecam e porque a terra repousa sobre as águas. Daí sua conclusão de que ela deve ter sido o elemento primordial.  

  Vemos, portanto, que Tales, ao contrário do que sugere a primeira anedota, não tinha nada de lunático, distraído e desligado dos problemas concretos. Muito pelo contrário, pôs toda a sua inteligência, curiosidade e criatividade a serviço da busca de soluções para eles, sobretudo aqueles mais importantes e urgentes em sua época. Eis por que a tal anedota revela, de fato, um preconceito, isto é, um conceito precipitado e desprovido de fundamentação. https://humanidades33.webnode.com/news/o-preconceito-em-relacao-a-filosofia-tales-e-socrates/

 

 


 

2. (... a palavra “logos”, em sua origem, se expressa no sentido de razão, pensar, mas significa também linguagem. Ao definir o homem como zoón logikón, Aristóteles estabelece uma diferença entre o homem e o animal. Os animais possuem a capacidade de se entenderem mutuamente agindo de acordo com seus instintos sendo a eles permitido pela sua natureza chegarem somente a esse ponto. Ao contrário, ao homem foi dada a capacidade do “logos”, isto é, o homem é o único ser que possui a capacidade de raciocinar, pensar e falar. Por meio desta capacidade ele consegue dominar os seus instintos. “Pela fala o homem tem a capacidade de comunicar tudo o que pensa”. Falar aparece aqui no sentido de tornar visível ao outro, pela sua fala, algo que esteja ausente de modo que o outro também possa vê-lo.

            No entanto, a linguagem não constitui o ponto central do pensamento filosófico do ocidente. Embora o Antigo Testamento chame a atenção para o fato de Deus ter entregado ao homem o domínio do mundo dando-lhe poder para nomear os seres como melhor lhe conviesse, fora “justamente a tradição religiosa do Ocidente cristão a principal e única responsável pela paralisação do pensamento acerca da linguagem.”[2]

            Na época do Iluminismo a pergunta pela origem da linguagem segue um novo sentido. A partir daí, a linguagem passa a ser respondida não mais pelo relato da perspectiva histórica da criação, mas a partir da própria natureza do homem. O que definiu este novo horizonte da linguagem foi admitir no homem uma faculdade esclarecedora do regimento estrutural, a qual nós chamamos de gramática, sintaxe, vocabulário da linguagem. Com esse modo de pensar, o fenômeno da linguagem adquire o significado de um campo de expressão eminente, no qual é possível estudar a essência do homem e sua evolução na história. No entanto, por esta via, não é possível penetrar nos postulados centrais do pensamento filosófico porque a definição cartesiana de consciência como autoconsciência encontra-se no pano de fundo de todo pensamento moderno.

            E na filosofia contemporânea a filosofia da linguagem chega a seu ápice. Segundo Gadamer, “a palavra “logos” significa não apenas pensamento e linguagem, mas também conceito e lei”[3], ou seja, o conceito da linguagem pressupõe uma consciência da liguagem que quer dizer um movimento reflexível no qual o sujeito pensante reflete a partir da realização inconsciente da linguagem. O verdadeiro enigma da linguagem, porém, é que isso jamais se deixa alcançar plenamente. “Todo pensar sobre a linguagem, pelo contrário, já foi sempre alcançado pela linguagem”[4].

            Nos nossos pensamentos e conhecimentos somos sempre precedidos pela interpretação do mundo feita por meio da linguagem. Nesse sentido, a linguagem expressa nossa real e verdadeira finitude. Todo indivíduo, porém, quando se expressa ou fala não possui uma verdadeira consciência daquilo que está expressando, falando. Quando temos em mente algo para dizer e nos vem à memória uma palavra que soa estranha, nos perguntamos: “pode-se dizer isso?”. É nesse momento que a linguagem que falamos torna-se consciente por não fazer o que é “seu próprio”. Para entedermos o que seria esse “seu próprio” é necessário, pois, dividí-lo em três apectos:

            O primeiro é o esquecimento de si mesmo de que advém a linguagem. A linguagem viva não tem consciência de sua própria estrutura, gramática, sintaxe, etc., isto é, de tudo aquilo que a linguagen tematiza. Mas “o verdadeiro sentido da linguagem é aquilo que adentramos quando a ouvimos: o dito”

            O segundo é a ausência de um eu. Nesse sentido, o falar não pertence ao eu, mas a nós, pois quem fala uma língua que ninguém compreende, simplesmente não fala nada. Falar significa falar a alguém. A palavra quer ser palavra que vai ao encontro de alguém. A realidade do falar consiste no diálogo.

            E o terceiro aspecto pode-se chamar de universalidade da linguagem. A linguagem não constitui um âmbito fechado do que pode ser dito, pois ela é oniabrangente.

Assim, segundo Gadamer, pode-se dizer que:

a linguagem é, pois, o centro do ser humano, quando considerado no âmbito que só ela consegue preencher: o âmbito da convivência humana, o âmbito do entendimento, do consenso crescente tão indispensável à vida humana como o ar que respiramos. Realmente o homem é o ser que possui linguagem segundo a afirmação de Aristóteles. Tudo que é humano deve poder ser dito entre nós[6].

            A partir de tais fatos, conclui-se que a linguagem é o ponto central do ser humano. É a partir dela que o homem se faz presença e possui a capacidade de agir no mundo e interagir com o mesmo. O homem é, de fato, um ser vivo dotado de linguagem. https://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=1252

 

 

1)    Quem foi Tales de Mileto ?  Por que Tales de Mileto sofreu tantos preconceitos?  Como Tales de Mileto superou os preconceitos sofridos por ele?

2)    Como Aristóteles difere o homem do animal?

3)    A linguagem constitui o ponto central do pensamento filosófico do ocidente? Sim ou não? Justifique:

4)    Quais são os 3 momentos do “seu próprio” da linguagem?

5)    Como a linguagem passou a ser respondida no  Iluminismo?

6)    Qual a diferença entre a linguagem humana e a do animal?

7)    O que significa símbolo?  Explique o que você compreende por linguagem:

Ilusração sobre o Iluminismo



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