Imperativo categórico
Imperativo categórico
Imperativo
categórico é um dos principais conceitos da filosofia de Immanuel Kant.[1] A ética,
segundo a visão de Kant, tem como conceito esse sistema. Para o filósofo
prussiano, imperativo categórico é o dever de toda pessoa
agir conforme princípios dos quais considera que seriam benéficos caso fossem
seguidos por todos os seres humanos: se é desejado que um princípio seja uma
lei da natureza humana, deve-se colocá-lo à prova, realizando-o para consigo
mesmo antes de impor tal princípio aos outros. Em suas obras, Kant afirma que é
necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou afetar
outras pessoas.
O
imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas
variantes). São elas: Lei Universal: "Aja como se a máxima de
tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal."
Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada,
através da tua vontade, em uma lei universal da natureza." Fim em si
mesmo: "Aja de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua
pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e
nunca simplesmente como meio." Legislador Universal (ou da Autonomia): "Aja
de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como
um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como
se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino
universal dos fins."
“Num ser racional, cultura é a capacidade de
escolher seus fins em geral e, portanto, de ser livre. Por isso, só a cultura
pode ser o fim último que a natureza tem condições de apresentar ao gênero humano.”
(Kant. Crítica do Juízo, 83)
Pense bem:
A cultura de massa é geralmente caracterizada por um centro gerador e milhões de indivíduos receptores que, por consumirem o mesmo produto, passam a ser chamados de “massa”, uma coisa homogênea.
Vamos pensar em exemplos: uma gravadora “x” resolve lançar o cantor “y”. Produz o fulano, paga jabá para as rádios, compra espaço nas TVs e lança o sujeito. Em pouco tempo, milhares, milhões de pessoas passam a consumir a música oferecida, mais camisetas, bonecos, toques para celular, o escambau. É cultura de massa. Um centro produtor, milhões de receptores.
Vamos pensar também nos chamados Meios de Comunicação de Massa. Seja no rádio, na televisão, no jornal impresso, o diagrama se repete: um emissor espalha informação a uma multidão, que não consegue interagir diretamente com a informação espalhada, não consegue responder, dar sua opinião, contar sua versão dos fatos. Apenas recebe.
Seria muito perverso traçar um paralelo entre os Meios de Comunicação de Massa e a escola tradicional? Não há uma lógica semelhante? Veja: uma seleção de conteúdos a priori, que alguém julga importante, é transmitido a um público. No caso da escola, a diferença é que esse público tem que provar que entendeu o que lhe foi transmitido. Não é à toa que chamamos essa prova de… prova.
Você já deve ter percebido, no entanto, que os Meios de Comunicação de Massa tradicionais têm buscado se aproximar dos chamados “novos meios” – meios através dos quais a escolha e participação do “usuário” (e “usuário” é bem diferente de “espectador”) são bem maiores, já que a interação e a liberdade para selecionar conteúdo desejado já apresentam uma (bem) maior gama de opções. Veja as principais revistas semanais do país, pense nas emissoras de TV, nas rádios, nos jornais impressos… Todos esses veículos estão fazendo da internet uma extensão de seus conteúdos. Por quê? Bem, antes de qualquer coisa, por motivos de mercado, tanto porque está se abrindo um novo espaço publicitário quanto porque o brasileiro – e boa parte do mundo – está substituindo a televisão pela internet. Por que o desespero de todo mundo pra que a televisão digital seja a cada dia mais interativa?
Pesquisa do Datafolha em 2008 revela: em 2000, 45% das pessoas tinham a TV como principal veículo de informação, enquanto a internet contava com apenas 11%; já em 2008, os dados mostravam 33% para a TV e 26% para a internet; entre as classes A e B, o placar já é de 26% (TV) a 43% (internet). Veja mais informações clicando aqui.
O que se está percebendo? Que as pessoas querem um pouco mais de autonomia na escolha de seus conteúdos, indo atrás do que julgam importante para si.
Mas, peralá! Não acho que a escola deva voltar à fórmula do deixar fazer o que o aluno quiser. No entanto, começo a pensar que a comparação seja válida na medida em que a educação formal, escolar, deve sim saber flexibilizar seu conteúdos, descongelando-os e tornando-os mais conectados com o mundo real, abrindo espaço para a pesquisa (não a pesquisa do “ctrl C / ctrl V”), e trazendo para a sala de aula (e saindo dela de vez em quando) conteúdos capazes de falar diretamente ao mundo dessa moçada agitada. A escola tem que mediar; e pra mediar, tem que conhecer.
Final 1: Se os Meios de Comunicação de Massa não mudassem, estariam cada dia mais falando sozinhos; se a escola tradicional demorar pra achar modos de inserção na vida dos alunos, vai ficar falando sozinha para um monte de corpos desatentos dentro de quatro paredes.
Final 2: E o professor vai se sentir cada vez mais como aqueles cantores de restaurante: um som ambiente vindo de algum lugar distante.
Final 3: Se tivessem congelado alguém no século XVIII e o descongelassem hoje, ele ainda saberia reconhecer uma sala de aula… Será isso significativo?
http://www.colegiomedianeira.g12.br/escola-e-cultura-de-massa-escola-e-cultura-de-massa/
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